Bodum: inovando há mais de sete décadas

“Um bom design não precisa ser caro”. Com essa visão, Peter Bodum fundou, na Dinamarca, a empresa que leva seu nome. Era o ano de 1944 e a Europa vivia a Segunda Guerra Mundial. Embora no Brasil, Bodum seja quase um sinônimo de prensa francesa, a história dessa marca começa com a produção de cafeteiras a vácuo.

Impressionado com o sabor do café que esse método produz, Peter se propôs a melhorar o design da peça e a fazer um produto acessível para todos, lançando assim as bases para o sucesso da Bodum. No início dos anos 1950, ele produziu a Mocca, a sua primeira cafeteira a vácuo, antes de lançar o modelo Santos, em 1958.

Santos, lançada em 1958
Mocca, primeira cafeteira da Bodum

 

 

 

 

 

 

A Santos foi o produto que projetou a Bodum no cenário internacional, pelo seu design único, e tornando-se uma das cafeteiras mais populares do mundo nas décadas de 1950, 1960 e 1970.

Somente em 1974, quando Jørgen Bodum, filho de Peter, assumiu a empresa – que comanda até hoje – é que a prensa francesa passou a fazer parte do portfolio da companhia, com o lançamento da Bistro. Considerada um modelo de produto ecológico, essa cafeteira recebeu diversos prêmios de design.

Em 1991, a Bodum, já sediada na Suíça, comprou a Martin S.A., que na década de 1950 havia produzido a primeira prensa francesa, a Melior. Seu design ainda está presente na linha atual da Bodum, com a icônica cafeteira Chambord. No mesmo ano, a empresa lançaria o inovador bule Assam, desenvolvido para o British Tea Council. A prensa de chá usa o mesmo sistema de preparação da prensa francesa, permitindo aos amantes do chá o controle total sobre o processo de maceração para a preparação perfeita. Mas também é possível preparar o chá na prensa francesa, com ótimos resultados.

Atualmente, o catálogo da Bodum inclui inúmeros produtos domésticos, dentre eles utensílios de cozinha, cama, mesa e banho, itens de armazenamento, têxteis e produtos de escritório. No Brasil, a Flavors importa a linha de prensas francesas e de copos de parede dupla.

“Inovamos para criar designs excelentes a preços acessíveis, com base em nosso princípio orientador de que a forma segue a funcionalidade, mantendo um olho na sustentabilidade, responsabilidade ambiental e respeito pelo bem-estar de nossa equipe, nossas comunidades e nosso planeta”, diz a Missão da empresa, sempre fiel à visão de seu fundador.

Sob o lema “Make taste, not waste” (produza sabor, não desperdício, em tradução livre), a Bodum se preocupa com o ambiente em todas as etapas do processo de produção. “Afinal, o design não é apenas frase que se coloca no produto”, afirma o site da empresa.

Prensa francesa – um pouco de história

Você sabia que não é em todo lugar que a prensa francesa tem esse nome? No Brasil e nos Estados Unidos, usa-se o termo prensa francesa (french press), mas na Grã-Bretanha e na Irlanda, é cafetière. Em italiano, é conhecido como caffettiera a stantuffo (cafeteira a pistão); em francês, como cafetière à piston (cafeteira a pistão) ou simplesmente cafetière (também em holandês).

A prensa de café foi patenteada pelo designer milanês Attilio Calimani em 1929. Ela passou por várias modificações de design, a maioria de autoria de Faliero Bondanini, que patenteou sua própria versão em 1958 e começou a produzi-la na fábrica de clarinetes francesa Martin S.A., sob a marca “Melior”. A popularidade desse método pode ter sido impulsionada em 1965, por seu uso no filme The Ipcress File, estrelado por Michael Caine. O produto difundiu-se em toda a Europa graças, principalmente, à qualidade e o design desenvolvidos pela Bodum a partir da década de 1970.

A prensa francesa moderna consiste em um copo cilíndrico estreito, geralmente feito de vidro ou plástico transparente, equipado com uma tampa de metal ou plástico e um êmbolo que se encaixa firmemente no cilindro e tem um fino filtro de aço inoxidável ou de malha de náilon.

 

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