Nativa da Pérsia e domesticada no Irã há cerca de 2.000 anos aC, a romã despertou o interesse no Mediterrâneo, de onde foi distribuída a outros países, da Ásia às Américas. Chegou ao Brasil com os portugueses.
Para os povos antigos, como os gregos, os romanos e os persas, havia a concepção de que a romã era a ponte entre a mortalidade e a imortalidade. O homem apaixonado que comia a romã se tornaria imortal. Já um deus que a consumia se transformaria em um mortal, explicam os estudiosos.
A fruta era tida como símbolo de amor e fertilidade por causa de suas numerosas sementes. “A romã, que muitos acham sem graça e difícil de ser comida, sempre foi respeitada pelos poderosos. Reis e bispos a ostentavam nas suas vestes”, dizia a colunista de gastronomia Nina Horta, falecida em 2019.
Na mitologia grega, Perséfone, filha de Deméter e deusa da terra e da colheita, foi levada para o inferno por Hades, deus das profundezas. Jurou não comer nada no cativeiro. Mas não resistiu a uma romã. Comeu seis sementes.
Quando Hades afinal perdeu Perséfone para Deméter, teve a permissão de ficar com ela por seis meses de cada ano por causa das sementes. Esses seis meses se tornaram o inverno.
Na mitologia iraniana, o fruto desejado da árvore sagrada é a romã. E não a maçã, como foi difundido pela cultura ocidental. Na versão hebraica, há o Jardim do Éden e a serpente. Na versão greco-romana, há o Jardim das Hespérides e o dragão Ladon. No mito iraniano, o fruto desejado da árvore sagrada é a romã.
Trazendo toda essa bagagem de exotismo e mistério, o xarope 1883 de Romã concentra o perfume de frutas cítricas e flores, com notas intensas de frutas vermelhas e uvas. O seu sabor ligeiramente adocicado combina o sabor da fruta crocante e terrosa com notas de vinho tinto seco.
Fonte: Agrofolha